Por: Luiz Guilherme Hostert Pereira
Quando o primeiro trailer de “Cruella” foi lançado em fevereiro, a internet foi rápida em criticar o filme. O vídeo mostrava a clássica vilã como uma mulher inteligente, poderosa e incompreendida. O público já está cansado dos “remakes” e reutilização de histórias que a Disney vem fazendo incisivamente nos últimos anos e a ideia de humanizar alguém que matasse cachorrinhos para fazer casacos não simpatizou com muitos.
Felizmente a personagem do live-action não é nada como sua versão de 1961. Embora as diferenças possam aborrecer os fãs da animação (101 dalmatas), as mudanças foram necessárias para a realização do projeto.
O enredo acompanha uma jovem Cruella que aspira se tornar uma designer de moda em Londres. Ela chama à atenção de um grande nome, a Baronesa Van Hellman e consegue o emprego dos sonhos. Após uma série de revelações porém as duas se tornam inimigas e somos introduzidos à uma incessante rivalidade e épicas tramas de vingança. O uso de pelo de dálmatas para a confecção de roupas é tratado de forma cômica como um rumor inventado por Cruella para edificar sua reputação.
Emma Stone se joga de cara no papel da vilã, conseguindo fazer a personagem lunática e obcecada ser humana e sincera nos momentos certos. O estilo gótico do filme também é muito marcante, com o figurino nas mão da vencedora do Oscar, Jenny Beavan.
Apesar de ter seus defeitos, sendo o mais distrativo a duração de 2h14min, o filme é extremamente divertido e prazeroso de se ver e uma ótima opção para retornar ao cinema com várias sessões reabrindo com capacidade limitada em Santa Catarina.