Por Luiz Guilherme Hostert Pereira
“Esquadrão Suicida” (Suicide Squad) chegou às telonas no último dia 5 de agosto e marcou uma das maiores reviravoltas do cinema recente. E não é segredo pra ninguém que a DC teve dificuldades de acompanhar o sucesso de sua maior rival, a MCU, em suas produções. Após grandes acertos nos filmes do Batman de 2008 e 2012, a gigante dos quadrinhos decidiu reiniciar seu universo cinematográfico com o decepcionante “Homem de Aço” (2013), dando início a uma série de lançamentos de bilheteria morna, que não caíram na graça do público e muito menos da crítica.
Apesar do histórico recente da DC, “Esquadrão Suicida” (2017) vinha com grandes expectativas por trazer uma proposta diferente de um filme clássico de super-herói e um grande investimento de marketing pelo mundo. O resultado final: mesmo com uma grande bilheteria, o filme foi massacrado pela maior parte da audiência e a ideia de uma sequência não parecia muito animadora.
Dirigido por James Gunn, o segundo longa deixa de lado a obscuridade presente no primeiro e não se leva a sério, exatamente como um filme que contém super vilões tais como Capitão Bumerangue e Tubarão-Rei deveriam ser. Verdadeira homenagem aos quadrinhos, a obra conta com cenários coloridos, fantasias excêntricas e cenas violentas porém cômicas. A presença autoritária de Amanda Waller (Viola Davis) ajuda a manter o filme nos eixos e faz com que ele não perca o foco, assim como a ambientação limitada já que a película se a, na maior parte do tempo, em uma pequena ilha.
O carisma da Arlequina, que foi um dos maiores motivos do sucesso de “Esquadrão Suicida”, está intacto. Aliás, esta é uma obra carregada pelo carisma e humor de seus personagens. É perceptível porém que o filme perde força quando escolhe focar em dramas pessoais específicos, o ritmo é muito mais agradável e fluido quando os vilões funcionam como um conjunto.
Caótico no melhor sentido, “Esquadrão Suicida” é uma nova chance para o universo cinematográfico da DC e o exemplo perfeito de que, as vezes, menos é mais. Em um período em que cada filme baseado em quadrinhos tenta se superar em efeitos, expansões, impacto emocional e cultural.
Um filme leve e bem humorado é precisamente o que o público estava à busca.