O promotor de Justiça Odair Tramontin afirmou, em vídeo enviado ao Portal Alexandre José, que irá recorrer e pedir uma pena maior para Anderson Tadashi Nakamura, o Japa. O réu foi condenado nesta quarta-feira (9) em Blumenau a 32 anos e 4 meses de prisão por ass Inês do Amaral e Franciele Will, mãe e filha, dentro da casa delas, no bairro Tribess.
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“No entender do Ministério Público, a pena ficou um pouco abaixo das expectativas“, explicou o promotor. “Possivelmente vamos recorrer para tentar majorar essa pena, porque entendemos que pela perversidade, consequências e brutalidade, a pena deveria ser maior”.
Confira o que disse o promotor no vídeo abaixo:
No vídeo, Tramontin destaca que o Ministério Público não irá pedir um novo julgamento, e sim uma revisão da pena. “Nós estamos satisfeitos com as decisões dos jurados, mas temos uma insurgência com o tamanho da pena”.
O julgamento
O júri popular de Japa teve início às 8h30 e terminou já durante a tarde em Blumenau. Segundo o promotor, “os jurados acolheram integralmente todas as teses do Ministério Público”, e o réu foi condenado por duplo homicídio triplamente qualificado – ou seja, cada vítima com três qualificadoras.
Relembre o caso
No dia 4 de abril de 2018, mãe e filha foram assassinadas no bairro Tribess, em Blumenau. Inês do Amaral, de 57 anos, e Franciele Will, de 30 anos, foram encontradas mortas dentro de casa por Odair, filho e irmão das vítimas, por volta das 20h30.
Conforme o laudo do Instituto Geral de Perícias (IGP), Inês foi estrangulada e Franciele teve diversos cortes profundos no pescoço. O corpo da mãe estava no quarto dela, coberto com um edredom. A filha foi morta na cozinha, ainda com a bolsa pessoal perto do corpo.
O suspeito de ass as duas fugiu do local com o carro de Inês. O veículo foi localizado no dia seguinte ao homicídio, na Rua Alexandre Volta, no bairro Itoupava Norte, mas o acusado só foi encontrado em maio de 2019, em Lages, na serra catarinense.
Durante o interrogatório, Japa confessou o crime. Ele disse que foi até a casa das vítimas para oferecer serviços de jardinagem, porém teve uma discussão com Inês e a matou por esganadura. Depois, resolveu tirar a vida de Franciele, pois a jovem tinha visto o rapaz na casa dela mais cedo e poderia ser uma testemunha.