Em estado de greve desde novembro de 2021, os servidores da Universidade Regional de Blumenau (Furb) podem paralisar as atividades na próxima semana. Há quatro anos sem reposição salarial, a categoria pede um reajuste de 25,2% na folha de pagamento. A universidade, porém, oferece um aumento de 6%.
• Clique aqui e participe do nosso grupo de notícias no Whatsapp
“Estamos pedindo uma recomposição salarial conforme os índices de inflação de 2019, 2020 e 2021”, explica Morilo José Rigon Junior, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Ensino Superior de Blumenau (Sinsepes). “Essa reposição [25,2%] é referente à perda salarial da atual gestão, que não deu reajuste à categoria desde que assumiu a universidade em 2019. Nesse meio tempo, as mensalidades acumularam um reajuste de 21%”.
Segundo Morilo, o ultimo aumento concedido aos servidores foi na folha de pagamento de março de 2018. “Era um momento totalmente distinto do atual”, defendeu. “Não se previa um momento de pandemia e a disparada dos preços, como do combustível e de alimentos. Desde então muitos servidores deixaram a função pública para trabalhar em outros lugares, e os que ficaram têm trabalhado no limite”.
Negociação marcada para esta sexta
Uma nova rodada de negociação entre o sindicato e a reitoria da Furb acontece na tarde dessa sexta-feira (11). Uma decisão deve ser anunciada na próxima quinta (17), quando o Conselho Universitário irá apreciar e votar o valor de reajuste. Caso o parecer desagrade a categoria, paralisações não estão descartadas.
“Vamos analisar a possibilidade de uma paralisação após a aprovação do valor de reajuste salarial, que será apreciado e votado pelo conselho na quinta-feira”, disse Morilo. “Até lá, ainda estamos em negociação, e as propostas podem ser alteradas. Mas é o conselho, como principal órgão istrativo da universidade, que irá ‘bater o martelo’. Se a decisão não agradar, a categoria pode paralisar as atividades”.
Última proposta foi negada em assembleia
Conforme o Sinsepes, a Furb ofereceu um reajuste de 6% aos servidores, que seria parcelado em três vezes: 2% na folha de pagamento de março, 2% na de junho e 2% na de outubro. A categoria, porém, recusou a proposta e manteve a pedida de 25,2%.
A universidade também ofertou um vale-alimentação de R$400 aos servidores. A categoria aceitou o vale, mas pediu que o valor seja igual ao ofertado aos servidores da istração direta do município.
O que diz a universidade
Procurada pelo Portal Alexandre José, a assessoria da Furb ainda vai se manifestar sobre o assunto.