Crueldade. Em novo depoimento tomado na tarde desta última sexta-feira (15) a mãe da pequena Luna Nathieli Bonet Gonçalves, de apenas 11 anos, confessou que matou a própria filha na última quinta-feira (14) em Timbó, no Médio Vale do Itajaí. Ainda nesta sexta, mandados de prisão contra a mãe e o padrasto da menina foram cumpridos pela Polícia Civil timboense, que vem investigando o caso e que apresentou uma série de contradições entre o depoimento do casal e as provas obtidas.
Segundo a nota emitida pela Polícia Civil de Timbó sobre o caso, a médica de plantão que atendeu Luna ao dar entrada no Hospital Oase afirmou que ela apresentava lesões aparentes pelo corpo, além de sangramento nas roupas íntimas. Naquele primeiro momento, mãe e padrasto foram encaminhados à Delegacia de Polícia de Indaial, onde argumentaram que a menina havia caído de uma escada. Ela não teria manifestado nenhum problema maior até a hora de dormir, onde, segundo os dois, teria ado mal.
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No entanto, nas análises feitas pelo Instituto Geral de Perícias (IGP), a autópsia teria revelado muito mais lesões internas e externas do que evidenciaria uma simples queda de escada, além de que a perícia encontrou marcas de sangue nas proximidades do quarto da vítima, no sofá, em uma toalha, fronha de travesseiro e em uma calça masculina. Todas as ponderações feitas pela médica do Oase, pelo legista e pelo perito não batiam com o depoimento da mãe e do padrasto, que foram intimados a depor novamente.
Em novo depoimento, acompanhados do advogado, as contradições foram apresentadas junto com as provas reunidas. O padrasto ficou em silêncio durante o processo, mas a mãe, ouvida pela psicóloga policial, confessou ter matado a filha com socos e chutes em represália a um relacionamento que a menina tinha. No ato, foi decretada a prisão temporária do casal, que tem prazo de 30 dias enquanto novas investigações específicas sobre a participação do padrasto no crime continuam.
A acusada ainda tinha mais duas crianças na casa. Outra filha da investigada, de 9 anos, foi encaminhada ao pai biológico. Já o filho de apenas nove meses ficou aos cuidados do Conselho Tutelar para os fins de direito.