O assassinato de Luna Nathieli Bonet Gonçalves, de apenas 11 anos, em Timbó, foi brutal. Conforme atestado de óbito, a menina, que já chegou morta ao Hospital Oase, sofreu politraumatismo. Segundo o laudo, foram observadas lesões no crânio, baço, pulmão, intestino e também uma laceração na vagina da criança.
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Luna morreu na madrugada da última quinta-feira (14). Em depoimento, a mãe da criança confessou ter matado a filha com socos e chutes em represália a um relacionamento que a menina tinha. Diante dos fatos, a mãe e o padrasto da menina foram presos preventivamente e conduzidos aos presídios de Itajaí e Blumenau, respectivamente.
Relembre o caso
Luna deu entrada no Hospital Oase, em Timbó, já sem sinais vitais. A médica de plantão acionou a polícia depois de constatar que a menina apresentava diversos ferimentos, além de sangramento nas roupas íntimas.
Após confirmada a morte, a mãe e o padrasto da criança foram conduzidos à delegacia. Em depoimento, ambos argumentaram que a menina havia caído de uma escada. Ela não teria manifestado nenhum problema maior até a hora de dormir, quando, segundo os dois, teria ado mal.
No entanto, a autópsia teria revelado muito mais lesões internas e externas do que evidenciaria uma simples queda de escada, além de que a perícia encontrou marcas de sangue nas proximidades do quarto da vítima, no sofá, em uma toalha, fronha de travesseiro e em uma calça masculina.
Contradições
Todas as ponderações feitas pela médica do Oase, pelo legista e pelo perito não batiam com o depoimento da mãe e do padrasto, que foram intimados a depor novamente. Em novo depoimento, acompanhados do advogado, as contradições foram apresentadas junto com as provas reunidas.
Segundo a Polícia Civil, o padrasto ficou em silêncio durante o processo, mas a mãe, ouvida pela psicóloga policial, confessou ter matado a filha com socos e chutes em represália a um relacionamento que a menina tinha. No ato, foi decretada a prisão temporária do casal, que tem prazo de 30 dias enquanto novas investigações sobre a participação do padrasto no crime continuam.
A acusada ainda tinha mais duas crianças na casa. Outra filha da investigada, de 9 anos, foi encaminhada ao pai biológico. Já o filho de apenas nove meses ficou aos cuidados do Conselho Tutelar.