Por Luiz Guilherme Hostert Pereira
Nos últimos anos, as minisséries atingiram um novo patamar de popularidade. Seu modelo de produção é ótima fórmula de sucesso na era do streaming. Consequentemente, projetos como “Big little lies” e “Fleebag” tornaram-se queridinhos de premiações e audiência. Porém uma série em particular não atingiu o grande público com o mesmo impacto, mas serve como um raro exemplo de uma obra que preenche com perfeição todos os quesitos para a execução de um mistério instigante, angustiante e surpreendente.
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“Sharp Objects” foi uma minissérie lançada em 2018, baseada no livro de suspense de mesmo nome, publicado em 2006. A trama segue a jornalista Camille Preaker retornando a sua cidade-natal para reportar a respeito do assassinato de duas jovens meninas. A solução para o mistério e a chave para impedir mais mortes pode estar no ado de Camille, mas para encontra-la a mulher deve enfrentar seus demônios internos e desvendar seus traumas psicológicos.
Com a incrível Amy Adams no papel principal, “Sharp Objects” explora com destreza as camadas da mente humana e relações conturbadas entre famílias e comunidades pequenas, lidando com suas toxicidades e suas consequências. O tema da depressão é tratado de forma natural, ao contrário da maneira forçada feita por muitas séries contemporâneas. Os mistérios envolvendo os assassinatos e demais segredos se desenrolam de forma lenta, porém extremamente empolgante, tudo culminado em um desfecho que contém uma reviravolta não somente satisfatória como chocante. Certamente uma série que ficará na consciência do expectador dias após sua finalização.
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